quarta-feira, agosto 31

DESPEDIDA

Gente, gente, que coisa mais indecente.
Prefiro morrer enquanto viva a morrer já morta.
Antes de fechar meus olhos e dar o último suspiro quero olhar bem no fundo dos olhos de alguém e dizer:
Tchau amore, já me vou!
A vida tem que ter graça até na hora da morte.
Gostaria de saber a hora de morrer pra fingir antes e ver se todo mundo está chorando direitinho, se alguém ta contando piadinhas eróticas no meu velório, vou segurar o riso, prometo.
Quem fará o chazinho para os convidados?
Qual bolo estará no menu?
Gostaria que fosse um bem enfeitado, tipo bolo de aniversário para que as inimigas engordem muito.
Quero um padre bonitão pra encomendar o corpo, que me encha de água benta (com algumas gotinhas de mirra), quero estar molhada e cheirosa.
As amigas usarão óculos escuros, chiquíssimas, salto alto e fino, se puderem. Se o velório for de dia, gostaria daqueles enormes chapéus coloridos.
Não coloquem flores muito perto do meu rosto porque posso espirrar e como minhas mãos estarão unidas segurando um lindo rosário de pérolas não poderei levar um lenço ao rosto.
A propósito das flores, deverão ser brancas porque dá a impressão de pureza, roupa clara, nada roxo, pelo amor de Deus.
Maquiagem bem natural, um batom rosinha básico.
Algum amigo ou amiga deverá fazer um discurso, não muito longo porque as pessoas podem não absorver o conteúdo, falando sobre tudo de bom que fiz, se não souberem que INVENTEM!
Se não houver o amigo, CONTRATEM UM!
Música por favor! Uma bem triste, com piano ao fundo, talvez uma estrangeira, porque as pessoas se emocionam mais com o que não entendem.
Se eu estiver fora do peso não caiam na besteira de querer levar o caixão no muque. Quero aqueles carrinhos chiques e me livrar da vergonha de ver todo mundo suando e cansado de me carregar.
Não joguem terra sobre mim, apenas flores.
Não batam palmas, pois não sou artista.
Não coloquem a bandeira sobre mim, não sou militar.
Não chorem nesse momento. Quero um silêncio total.
Não digam:
Finalmente tudo terminou.
Nada terminou.Espero que seja um recomeço mas, se não for e nada do que creio existir...Ahhhhhhhhhhhhh eu vou gritar, vou espernear e vou xingar, muito!

HOJE É QUARTA-FEIRA

Hoje é o dia que dizem o mais chato da semana mas, pra mim é indiferente.
Chato é sino tocando mais do que deve, todo dia, sem parar.
Chato é esse céu cinzento que não traz chuva, só calor e tempo seco.
Chato é a árvore que derrama folhas e folhas sem mais nem menos e enche minha vida de lixo.
Chato é ver as maritacas beliscando minhas goiabas, uma por uma, deixando todas furadas e não comem nenhuma inteira.
Chato é ouvir o vizinho escarrar no quintal a sujeira que a noite juntou em suas narinas.
Chato é passar o dia esperando uma coisa que nunca vai acontecer.
Chato é ter que cozinhar todo santo dia e ainda depois ter que lavar a louça.
Chato são esses cortes que se abrem nos meus pés de um tempo pra cá, e dóem pra burro.
Chato é dirigir em Bauru com esses motoqueiros do inferno, buracos para todo lado e uma tremenda falta de respeito no trânsito.
Chato é não ouvir adeus.
Chato é não ter explicações.
Chato é perceber que por mais que as coisas mudem, você não se permite mudar.
Chato é ter que dizer sempre a mesma coisa para a mesma pessoa.
Chato é você que fica lendo essas merdas que escrevo.
Chato é o prato raso.
Chato é o meu filho quando acorda.
Chato é ligação de telemarketing.
Chato é não achar que algo possa mudar.
Chato é ver que eu não aprendo nunca a manter minha boca fechada.
Chato é achar que devo fechar a minha boca.
Chato é o mundo, quando nada mais se tem de divertido pra fazer.
Chato é ser chato.
Quarta-feira não é nada.
A vida é tudo de chato.

segunda-feira, agosto 29

AINDA O VENTO




O vento no rosto, sinal do tempo que passa.
Vida, vento!
Encanto o tempo que passa,
Em letras que invento.
Transformo assim o vento do tempo em poesia.
E meu tempo-poesia não mais passa, fica...

Vera Vilela

sábado, agosto 27

AS DIABINHAS

Vera e Alessandra morenas!
Quem será o damo?

FIM DE SEMANA

Mais um fim de semana chato, os filhos viajaram e eu fiquei aqui sozinha. Escrevi um pouco, conversei com a Ale um tempão, aliás, falar com ela é só alegria, me faz bem. Separei algumas poesias para o E-book, limpei a casa, lavei algumas peças de roupas.
Estou completamente apaixonada pela tatuagem de gatinho que a Marieta fez, eu quero, quero e quero, veja a foto lá no blog dela.
Semana passada essa hora eu tava tão triste, agora já posso até falar, meu pequeno gato caçula, que postei foto dias atrás, o Tomzinho, foi atropelado e morto. A vizinha Lygia avisou, o marido dela tirou o pequeno do meio da rua, Samira pegou ele e Thiago enterrou. Eu não quis ver e nem participar de nada, apenas chorar pelo meu gato bebê. Eu já estava tão apegada a ele, e pensar que o adotamos para tirar da rua e foi lá mesmo que ele morreu.
Agora sobraram os gatos Gatão Boca Podre, Kadja e Tico; os cães Negrão, Lilica e Pingo e alguns peixes, só isso. Não quero mais bebês aqui agora por um bom tempo...humpft!

MEU PRIMEIRO E-BOOK SOLO

Meu brasão.

Inês da AVBL está preparando meu primeiro e-book (solo) com poesias de diversos temas e datas. Estou super ansiosa para ver o resultado porque ela é craque nisso.
Beijos para ela.

quarta-feira, agosto 24

A FAMÍLIA NEGÃO



O único dos filhotes que ficou conosco foi o Pingo, o último, a direita.

Se quiser conhecer essa história de amor clique aqui embaixo:

HISTÓRIA DE AMOR DE NEGÃO E LILICA!

terça-feira, agosto 23

AVESSO OSSEVA

AVESSO

Algo me puxa pra dentro de mim
Tem algo escondido que não sei explicar
As vezes dói
As vezes é bom
As vezes coça
Pula e se contorce dentro de mim
Como se fosse eu mesma a me revirar
Canta
Chora
Ri
Isso as vezes consegue sair de mim
E transforma-se em letras sem parar
Desenhadas
Cantadas
Subscritas
E quando o papel está completo
Me desviro e rio de mim.

EU AMO OS ANIMAIS

segunda-feira, agosto 22

Bom dia!


O amor não tem razão, ele é simplesmente, ou não é.
Não desista, faça como eu, persista, mesmo as vezes achando que está sentindo errado.
Um dia 1 + 1 será igual a 1 e a razão saberá da não razão do amor.
Não queira acreditar somente no que seus olhos vêem ou lêem, acredite naquilo que seu coração sente, esta é a nossa grande verdade.
Palavras enganam, destoam, desviam. O coração é certo, exato e humano.
Se o amor tivesse razão não haveria graça e encantamento em sua existência, seria previsível.
Um lindo dia cheio de amor no seu coração e uma semana totalmente sem razão.

sexta-feira, agosto 19

TE ESPERO AMOR!


Para você, amor que eu tanto espero.
Tranquila e confiante. Mas não demora muito não poxa, rs!

Amor, meu grande amor, não chegue na hora marcada
Assim como as canções, como as paixões e as palavras
Me veja nos seus olhos, na sua cara lavada
Me venha sem saber se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor, me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente
Que tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça
E quando me quiser que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar, meu grande amor, me reconheça
Que tudo o que ofereço é meu calor, meu endereço
A vida do teu filho desde o fim até o começo

(Amor, Meu Grande Amor/Barão Vermelho/Composição: Cazuza)

terça-feira, agosto 16

ANÍBAL


Esse é o Aníbal, mora lá em Gouveia, Portugal. É dono do Jota Vilela. Que cachorrão olha!

PRESTENÇÃO



Tô de olho em você!!!

domingo, agosto 14

EU, MEU PAI E A PESCARIA.


Neste dia dos pais, deixo um texto que fiz especialmente pra ele.

EU, MEU PAI E A PESCARIA.

Existem coisas na vida que jamais conseguimos esquecer. Uma lembrança que me faz brotar lágrimas nos olhos é dos momentos que eu tinha a sós com meu pai.

Sou de uma família de dez irmãos, a nona da escala - um irmão mais novo que nasceu especial – para conseguir chamar atenção dos pais era muito difícil e concorrido.

Quando eu tinha por volta de 10 anos ou mais, nem me lembro ao certo, meu pai voltou a pescar. Coisa que não fazia há muito tempo e só após a aposentadoria pôde retornar.

Às vezes íamos todos no velho Simca que meu pai comprou apenas a casca e como mecânico que era, foi montando em casa. Fazíamos uma farra na beira da represa Billings, íamos num lugar um pouco mais longe chamado Mar Pequeno e lá passávamos o dia todo, era só diversão.

Mas eu adorava quando ia apenas eu e o meu pai, só nós dois. Ele me chamava por volta das 5 horas da manhã, bem baixinho para que o resto da família não acordasse. Era como se fosse Natal e ele o Papai Noel, uma alegria imensa tomava conta de mim, ia passear com o meu pai, só eu e ele.

Pegávamos um ônibus até o centro da cidade de Mauá, depois o trem até Ribeirão Pires e daí até a beira da represa: íamos a pé. Carregávamos tudo, varas de bambu desmontadas, paus de seva - cabos de vassouras com emendas que unidos iriam levar um chumaço de capim amarrado na ponta - capim fresquinho para isca, samburá, pão com margarina, bananas e água, além de tudo o que se usa na pesca.

Não sei exatamente a distância que percorríamos a pé, mas para minhas pernas curtas era bem longe mesmo, e não era fácil acompanhar os passos largos das enormes pernas do meu pai.

Quando chegava pertinho da água eu delirava de vontade de pescar, queria ser a primeira a ter a vara pronta, colocar a isca na água e pegar o primeiro peixe. Não admitia voltar sapateira. E ali assistíamos o nascer do Sol.

E o Seu Antonio Vilela, meu pai, me ensinou tudo: montar a vara, amarrar a linha, colocar a bóia, o anzol, fazer uma tirinha com o capim e passar delicadamente, sem rasgar, nos dois anzóis que usávamos, ensinou todos os truques da pesca - bem baixinho para que ninguém ouvisse. Nestas horas o pai era só meu, eu nem lembrava de casa, de mãe ou de irmãos. E ele tinha um orgulho de me ver pegar os peixes, era só sorriso e alegria.

E quando a chuva apontava lá longe? Que delícia! Muitas vezes entrávamos dentro da água quentinha para não perder nem um minuto de pescaria, e parece que os peixes gostavam mesmo de fisgar com chuva.

Cobríamos apenas a tralha e os alimentos. Quando víamos a bóia de madeira ficar em pé e depois afundar com tudo, nossa! Não da para explicar a sensação, uma fisgada forte e era aquela briga danada com a tilápia até trazê-la bem pertinho e tirá-la do anzol. E ele me ensinou a pegá-la direitinho por sobre a cabeça, apertando para baixo os espinhos que furam doído demais. E lá ia mais uma tilápia para o fundo do samburá.

Na volta não era fácil carregar todo aquele peso. Mas meu pai vendia os peixes além dos que nós comíamos em casa. Naquele tempo ainda se podia comer peixes da Billings tranqüilamente.

Quando chegava a hora de irmos: já bem no finzinho da tarde, ele tinha que chamar várias vezes. Enquanto ele desmontava as varas e arrumava a tralha, eu ficava lá pescando:
- Só mais esta isca pai;
- Só mais uma puxadinha pai;
- Olha lá, ta cheios de peixes, vamos pescar um pouco mais.

Assim ia até ele dizer que não havia mais tempo, então eu saia correndo para desmontar tudo com pressa.

Íamos andando novamente até a estação do trem, depois um ônibus e casa.

Eu dormia de cansaço até chegarmos, mas feliz da vida com os momentos que pude compartilhar com ele. Durante a noite eu sonhava com as bóias coloridas afundando na água, era quase um vício, mas tinha uma razão de ser: a companhia do meu velho pai.

Uma das ilhas a qual ele pescava na Represa Billings, hoje é conhecida pelo nome de “Ilha do Papai Noel” porque ele lembrava o velho natalino por sua barba e bigode branco. Não tem pescador daquela represa que não o conheço ou não tenha ouvido falar dele.

Meu pai, meu orgulho!


Te amo!

MACHUQUEI O PÉZINHO



Olha ele aí. O vidro do banheiro estourou e caiu bem de quina no meu pé, apesar de pequeno, o corte foi fundo e precisou 5 pontos para fechá-lo. Dói pra caramba, ficou um machucado em forma de >, acho que é uma letra "V" deitadinha, sei lá. Foi ontem. Ai...ui....ai...ui...

quinta-feira, agosto 11

O MONSTRO DA DESPENSA


Eu sei que terei que enfrentá-lo, mais cedo ou mais tarde!
Hoje a tarde eu tentei fazer isto. Me enchi de coragem e fui descendo, um após o outro, cada degrau dos 23 da escada, cheguei até o de número 12 e parei, sentei e fiquei olhando através da cortina de renda na veneziana do final da escada. Lá fora vi pessoas livres, andando na calçada como se estivesse tudo bem. Não poderia gritar, pois, assustaria o monstro da despensa.

Desde hoje cedo eu descobri que em minha despensa no final do corredor, embaixo da escada: mora um monstro. Nada ouvi ou vi, apenas o pressenti quando descia calmamente os degraus. Algo me parou e senti um perigo iminente, fiquei paralisada de medo e voltei correndo para cima.

Não posso saber que tipo de monstro seria, mas sinto que é algo grande, feio e peludo, com dentes de vampiro. Já liguei para várias pessoas convidando-as para virem à minha casa, mas todas estavam ocupadas, e eu não quis contar a verdade sobre meu medo.

Há meia hora tentei novamente descer e consegui chegar até o degrau 18, faltam poucos para que eu ultrapasse meu medo, penso em tentar outra vez.

Enchendo o peito de ar e soprando, várias vezes, tentando me acalmar agora.

Chegando a beira da escada, olho lá pra baixo, respiro fundo, as luzes da escada e do corredor estão acesas, tentarei descer até o fim. Vamos lá!

Primeiro degrau, minha perna está tremendo. Mais alguns degraus, rapidinho, e não paro, contando, 5...9...12...16...20. Só mais 3! Vinte e um, vinte e dois, vinte e trêsssssssssssssssss!

Consegui!

Ufa!

Olhando em frente! Corredor, e, no fim...a despensa!

Alguns passos para a liberdade! Poderei enfim comer, afinal, nem almocei hoje. Dez passos para a liberdade!

1, 2, 3...Respirando fundo (o medo me apavora)...4...5...6...Minhas pernas pesam toneladas (eu as arrasto)...7...8...9...(Deus meu, mais um passo)...10.

Nada ouço, estou parada olhando a porta aberta da despensa, paralisada de medo...

Coloco minha mão dentro do pequeno cômodo e deslizo tentando achar o interruptor de luz...
Algo segura minha mão, é peludo e forte! Está me puxando para dentro! Tento segurar no batente! Não consigo! Socorroooooooooooooooo! Meu Deus! Tem um buraco no chão da despensa, não consigo ver nada, apenas caiooooooooooooooooooooooooooooooo...
Vera Vilela

quarta-feira, agosto 10

IDIOTICE INDISPENSÁVEL


De repente te perguntam:
Que cara mais alegre é essa? Que brilho é esse no seu olhar?
Você se recusa a dizer o motivo, apenas abre mais o sorriso que chega a lhe doer o rosto.
Porque dividir seu sentimento? E se de repente aquela história de inveja for verdadeira e você ter que se despedir desse sentimento tão gostoso?
Não pode perder essa cara de idiota “no sense” que somente os apaixonados têm.
De manhã ao se olhar no espelho, se acha bonita, bonita não, liiiiiiiiinda! O amor tem esse poder, enxergamos não nosso próprio rosto, mas, a imagem do sentimento que nos domina, e ele é divino.
Você se torna meiga, carinhosa, sensível. Tudo de bom!
Canta em momentos que não consegue entender porque. Quando toca aquela música...fica novamente com cara de idiota apaixonada, disfarça, mas todo mundo vê.
Não tem tanta fome, o amor sustenta, portanto, emagrece e sente melhor. Deita-se feliz para dormir e o dia seguinte chegar rápido. De manhã seu amor aumenta e quem sabe consegue chegar pertinho do dono do seu coração. Isso não deve demorar porque se todos já perceberam, é lógico que ele também. Agora é só esperar o momento de poder desaguar todo esse amor represado.
Uma ruga na testa.
E se ele não entendeu? E se tudo o que você achou que era uma paquera não passou de um agrado amigo? E sua cara de idiota?
Tristeza momentânea.
Não! Não se enganou. Nunca se enganou na vida.
Escreva algo então oras bolas!
Coloque pra fora esse seu sentimento lindo!
Claro!
Eu li.
E aí?
Acho que ele não entendeu. Escreve de novo.
Espera. Assim não que assusta. Vai com calma. Seja sutil.
Meu Deus!
Sutileza realmente não é seu forte hein?
Parece uma jamanta.
Tomara que ao menos tenha um resultado.
Não?
Não disse nada? Nadinhaaaaaaaaaaa? Como assim?
Ih! Acho que está chegando aquela hora de vestir novamente a cara de idiota mas, essa idiota é de verdade e seria totalmente dispensável.
Bela cara!
Caiu muito bem em você!
Sua idiota.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
L’amour!
Sentimento esquisito esse, mas, antes sofrer de amor do que nunca conhecê-lo.
Viu?
Sessão frase feita.
Vá até o espelho e passe uma maquiagem nesse rosto de imbecil, ops...IDIOTA, idiota dispensável.
E vê se aprende a lição.
Eu avisei.
Já pras escadas, suba.E tranque de uma vez essa maldita porta!

terça-feira, agosto 9

IMORTALIZO

by vera vilela

NA MINHA CABEÇA POXA?


Porque o mundo tá caindo na minha cabeça? Caraca! O que mais falta acontecer heim?
Me erra de vez em quando poxa!
Virei madre Tereza é? Tudo na minha?
Me erra poxa!
To me sentindo um cocozinho.
Letra da mesma cor então.
Humpft!
Meu Mundo Caiu
Maysa
Composição: Maysa
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar

domingo, agosto 7

À GÉBER E DIVINHA

Gosto muito dessa poesia que Géber fez para sua falecida esposa, ela é poesia curta em palavras mas, enorme em devoção, emoção e agradecimento. Merece sempre um destaque especial. Um amor de 44 anos não é brincadeira. O tempo muda nossas atitudes mas, o amor permanece, a cada dia mais amadurecido e diferente. No momento da separação é que se nota quão difícil é dividir-se em dois.
Um abraço para o Géber e o desejo que Jesus guarde Divinha em seus braços, lá no céu.

Esconderijo
(À Divinha, em abril de 2005)
Eu te procuro no fogo...não estás
Eu te procuro na água... não estás
Eu te procuro no ar... não estás
Eu te procuro na terra... não estás.
Me desespero!
Onde estarás?
O acaso me fez passar ante um espelho
Não me vejo... te vejo.
Me vem a paz!
Estás em mim.

CLARA DE NEVE



Foi ELA , a pessoa de estimação da Clara de Neve, essa gata charmosíssima aí em cima, que colocou os meus 3 gatos loiros lá no blog dela e eu fiquei feliz demais.
Para que a Kadja não fique com ciúme coloco ela aqui embaixo em seu momento de relax no sofá da sala. Adoro essa gataiada toda.

sábado, agosto 6

PESSOAS DE SEGUNDA MÃO


Somos o resultado de uma formidável propaganda religiosa, política, comercial, etc... resultado da propaganda, propaganda do Gita, da Bíblia, do Alcorão ou das teorias de Marx e de Lenine. Eis o que somos, sem nada de original, nada de verdadeiro: entes humanos de "segunda mão". Isso é um fato: é a nossa vida.
Krishnamurti - Viagem por um mar desconhecido

Quer ler mais? Pessoas de Segunda Mão

ATUALIZAÇÃO DOS ANJOS CAÍDOS

Ei você aí!

Vai lá dar uma olhada na casa dos Anjos Caídos, foi atualizada hoje. Tem tanta coisa bonita por lá. Tem até uma anjinha nova, a Sarah Magalhães, vai lá vai?

Aproveite e pegue um banner do SOU DA PAZ pra você, está lá na crônica do William Stutz.


quarta-feira, agosto 3

MEU CAÇULA


Esse é o Tomzinho, o gato loiro caçula da casa. Foi encontrado aqui pertinho pela Samira (filha) que o trouxe, lógico, apenas para arranjarmos um dono que, por coincidência sou eu. Adoro esse pequeno que me acorda a noite esfregando seu focinho no meu rosto e fazendo carinho com a patinha. É um bebezinho mesmo que eu adoro. Na foto tem ele dormindo comigo e na outra ele entrando pelo vitrô da sala.
Se você gosta de gatinhos vá lá ver no ADOTE UM GATINHO, não compre animais, tem muitos por aí querendo um dono para amar.

A BOMBA DO PODER ABSOLUTO



Quando vejo notícias do aniversário da explosão da bomba atômica em Hiroshima penso em o que vem a ser afinal democracia, termo tão usado pelos americanos. Eles usam essa democracia a favor de quem? É aquela velha piada de que todos são iguais, mas eles são mais iguais que os outros?
As crianças e jovens norte-americanos que são poupados de informações, até as básicas, sobre o mundo que os cercam.
Será que acreditariam na democracia e na liberdade tão sempre jogada na cara dos outros se realmente soubessem a história dos povos e a submissão a qual seu país os obriga a ter?
Será que eles sabem a quantidade de pessoas que foram dizimadas, ou melhor, pulverizadas, naquele fatídico 06 de agosto?
Será que contaram a eles que a maioria dos homens japoneses estava na guerra e a bomba explodiu sobre milhares de mulheres, velhos e crianças?
Escolas, hospitais, asilos, parques, casas, tudo pulverizado.
Será esta história contada todos os anos aos jovenzinhos americanos?
Os americanos se reverenciam perante tantas almas enfileiradas em um único dia para entrar no céu?
Fala-se tanto de ditadores, de Fidéis e afins, mas quem defende os japoneses que tiverem essa imensa ferida aberta, que jamais cicatrizará e, por duas vezes seguidas? Que ditador ou comunista deu a ordem fatal que condenou milhares de japoneses a morte súbita?
Nesta minha crônica quero apenas dizer que sinto muito que o homem tenha chegado a uma maldade tamanha, um terror absoluto, uma necessidade absurda de demonstração de poder, maior que qualquer campo de concentração, pois, negou às vítimas sequer o direito de fugir, de pedir ajuda ou defender-se.
O poder veio do céu. Foi lá no alto, bem longe que, covardemente a bomba que representou a maldade maior de um ser humano, explodiu, nem sequer chegou ao chão para pegar sua vítima. Lá em cima, há mais quinhentos metros, às 8:15 horas, ela explodiu. Solta que foi por um piloto cumpridor da ordem democrática e absoluta de seu superior. E ainda filmaram tudo para mostrar ao mundo como tem poder a democracia e a liberdade dos Estados Unidos da América.
Os que estavam abaixo do cogumelo de horror viam apenas a onda vindo em sua direção; seus olhos cegavam e eles apenas sentiam uma energia maléfica no ar e a vibração vindo em forma de um calor absurdo jamais sentido que penetrava em segundos em suas peles, mal havia tempo de gritar. Ali mesmo onde estivessem eram pulverizados. O velho em sua cadeira de balanço; a criança no escorregador do parque; a mulher na sua lida com a casa; a professora olhando aterrorizada para seus alunos; a mãe que apenas abraçou seu bebê e o apertou em seus seios como se fosse uma proteção de aço; o pai que colocou a mão na cabeça e fechou seus olhos; todos, sem exceção, foram pulverizados, não ouve possibilidade de fuga.
Destrui-se uma cidade e, com ela milhares de vidas. Quando vejo noticiário de torturas e humilhações que os americanos praticam contra seus prisioneiros de guerra não me assusto, afinal, eles são os mais iguais dos iguais. Eles tudo podem, eles tudo fazem. Só se esquecem que o ser humano pode ser muito maldoso também na pele de estrangeiros, como aqueles que não se acovardaram em entregar sua vida para mostrar ao mundo que os Estados Unidos da América não são a fortaleza que aparentam ser. Uma pena que isso não tenha mudado em nada a cabeça daquele povo que continua escondendo seu rabo entre as pernas para olhar o dos outros.
Um viva a nação japonesa que após tanto sofrimento, tenha se recuperado e seja hoje a grande potência que é: Viva!
Apenas para relembrar:

Pensem nas crianças mudas, telepáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres, rotas alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radioativa, estúpida, inválida
A rosa com cirrose, a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada
Pensem nas crianças mudas, telepáticas...
(Rosa de Hiroshima - Gerson Conrad / Vinícius de Moraes)