domingo, abril 30

PRESENTE DA NICÉIA

Estou aqui toda envaidecida com o presente que ganhei da minha amiga Nicéia, um poema lindo, gostoso e amoroso (apesar de mentiroso, Nicéia é poetisa das boas).
Nem sei como agradecer, então vou colocar aqui:

Minha amigaVera,é poetisa
eu sou poeteira
ela é consagrada
eu feiticeira.
O post está lá no blog Grandes Amores.
Obrigada Ni, te amo!

AS DIFICULDADES


Hoje ao acordar virei a página do calendário Seicho-no-ie que Clarice me deu. Veja o que ele diz:


30

AS TAREFAS APRESENTADAS
A VOCÊ SÃO TODAS POSSÍVEIS
DE SER EXECUTADAS.

Não se renda às dificuldades. Elas não passam de barreiras aparentes. As tarefas que lhe são apresentadas são todas possíveis de ser executadas por você, porque são "projeções" de sua mente e servem como lições para seu aprimoramento.

Do livro Nobiyuku Hibi no Kotoba - Seicho Taniguchi

Quem conhece minha vida vai ver que sábias e oportunas são estas palavras.

terça-feira, abril 25

O OLHAR


Assim dizia Veratustra:
"Quando se tem amor no olhar, tudo torna-se lindo... "

A AMIZADE


Assim dizia Veratustra:
"Existem três tipos de amizade.
Aquela que esta ao seu lado quando você esta lá em cima;
Existe aquela que te segura quando você esta lá embaixo;
E existe a amizade que está entre uma e outra.
Todas são importantes, pois em nossa vida vivemos trocando de altura.
Mas, dê sempre preferência para aquele amigo que você encontra no meio do caminho.
Este estará sempre com você e ao alcance de um braço."
(especialmente para as amigas Clarice e Mariazinha)

domingo, abril 23

SENSAÇÕES DE OUTONO


Sensações de Outono
Vera Vilela


O outono chegou e, com ele recordações do tempo passado.
Da primavera com suas flores/cores, do verão com seu calor/suor.
O outono se parece com a meditação, sua brisa refresca nossas idéias, nos faz repensar a vida, a morte.
Seus frutos lembram nossa infância, dos filhos, dos netos.
É uma estação de renovação.
Prepara-nos para a vida/inverno como prepara o urso para a hibernação.
As folhas que voam longe de nossas vistas levam as coisas ruins, as dificuldades e os desamores.
É hora de recomeçar, de contemporizar, de perdoar e principalmente de amar.
Outono é a estação das emoções mais profundas, dos sentimentos mais intensos, dos amores mais verdadeiros.
Sintamos assim o outono: profundamente.

sexta-feira, abril 21

MARCOS PATRIOTA

Na mesma imagem tanta beleza, o VERDE AMARELO dos balões no céu, o astronauta que levou nossa bandeira no local mais alto até hoje alcançado. Cata-ventos que tem tanto a ver comigo. O sentimento de patriotismo à flor da pele e no rosto emocionado de centenas de pessoas. Sem empurra-empurra, na educação, na alegria. Tudo na medida certa da felicidade. O patriotismo sendo resgatado pelo esforço e simpatia de Marcos Pontes.

Aproveitando a mídia, os funcionários públicos municipais protestam mas sem deixar de lado as cores da bandeira. Lutando sempre e apesar de...


Na inocência da criança, a lição da mãe, bandeirinha com o rosto do Marcos, a comparação do orgulho brasileiro.


O brasileiro Benedito, que é Dionísio dos Santos e também Filho, da Vila Bom Jesus, com todo orgulho e camisa VERDE AMARELA, tirou foto e emprestou a caneta sem a qual eu nada teria conseguido anotar. Obrigada sr. Benedito.

O dia de hoje foi um belo exercício de patriotismo, que bom que ainda tenhamos tanto o que se orgulhar.

AVISO IMPORTANTE:
As fotos publicadas nos posts referentes ao Marcos Pontes são de propriedade de Vera Vilela e sua reprodução ou linkagem está
proibida sem a devida autorização.

MARCOS, SOBRENOME SORRISO

Hoje tive um dia atípico. fui até o aeroporto recepcionar o cosmonouta Marcos Pontes, bauruense. A simpatia em pessoa, em todos os momentos.

(no caminhão do corpo de bombeiros em carreata pela cidade)


( já com a bandeira do Noroeste)

(aqui só da pra ver sua cabeça grisalha, mas adivinha se eu não fui chorar e pedir pra tirar uma foto? Ele estava entrando no Teatro Municipal para a coletiva com a impressão local, brasileira e internacional)


(agradeço ao jornalista da USC que colocaborou para que eu pudesse ter esta foto no momento da entrevista aos orgãos locais de comunicação, e foi muito gentil.)

AVISO IMPORTANTE:

As fotos publicadas nos posts referentes ao Marcos Pontes são de propriedade de Vera Vilela e sua reprodução ou linkagem está proibida.

quarta-feira, abril 19

PRESENTINHOS

Latinha linda e alegre que ganhei da Clarice de Campinas, já está cheinha de badulaques...rs


Bolsinha para colocar dinheirinho...rs Ganhei da Alda de Jaú. Lindinha demais. Ela quem fez. O aniversário era do Leo, priminho (filho de Joara e Reinaldo), mas quem ganhou fui eu.

Adoro olhar de vez em quando para estas lembrancinhas, é como estar novamente com a pessoa.

Beijos pra Alda e beijos pra Clarice!

segunda-feira, abril 17

A AMANTE




A AMANTE
Vera Vilela


Uma pequena luz clareia a casa
Pequena casa de meu amado
Amado que dorme como anjo
Sem saber que daqui eu o velo
Imaginando um novo dia
O dia que ambos estaremos acordados
E acordados viveremos nosso amor
Um amor que a noite proíbe
Proibição que somente o dia anistia
Prêmio de quem é amante
E que somente á luz do Sol presencia.

domingo, abril 16

APRENDE A ESCREVER NA AREIA



APRENDE A ESCREVER NA AREIA
(Lenda oriental)

Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas estradas que circulam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia. Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.
Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os mais afoitos e temerários.
Era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz. Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante das águas em revolta. Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.
Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada.
- Que fez Mussa ?
Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes gravassem na face mais lisa de uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:
"Viandante ! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou, heroicamente, seu amigo Mussa".
Isto feito, prosseguiram, com suas caravanas, pelos intérminos caminhos de Allah.Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.
E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava bem no alto a honrosa inscrição.
Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.Eis que, por um motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros. Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo. Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar? Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando, tranqüilo, o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:
"Viandante ! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou, gravemente, o seu amigo Mussa".
Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:- Senhor ! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre.
Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido, como um traço de espumas entre as ondas buliçosas do mar.
Respondeu Mussa:É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria. . . essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!

- Assim é, meu amigo! Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estimulo que ouvires.
Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias que te ferirem pela estrada agreste da vida.Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz !

De Seleções de MALBA TAHAN

sábado, abril 15

E NO SÁBADO A NOITE...


Solamente una vez.... e nada mas...
Besame besame mucho...
Parárárá Pápáráráráráááááá...

Que saudade dos bailinhos de sábado.
Dançar de rosto coladinho, aquela emoção que nos fazia tremer...

Turn me loose from your hands
Let me flyyyyyyyyyy to distant lands
Over green fields, trees and mooooooountains
Flowers and forest fountains
Home along the lanes of the skyway...

Ai...ai...

to ficando atoladinha, to ficando atoladinha...

PARÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ´
desliga essa merda!
#@!%&*


A REJEIÇÃO


Assim dizia Veratustra:
"Quanto mais você a rejeita, mais ela te ama. Coisa de doido né?"

BOM DIA JOTA VILELA

(imagem - "Jamás Olvidarás" por Juanco Lasso)


JOTA VILELA é poeta e amigo, nos brinda diariamente com um bom dia poético, esse é um dos mais bonitos que já li, dito no dia 05/04/2006.

Não conseguir enfrentar uma terra branca é a atitude dos corajosos.
Abandonar, resistir, enuncio bóias de sinalização, instantes avulsos, as conversas por dentro dos marcos de correio, os pés nus em frente ao mar, eu dentro de um barco, eu dentro de ti a encostar-me a um espelho.
Se esta manhã de estradas e cortinas fosse um prato sobre o qual aquecemos as mãos abraçava-me a ti com as minhas carruagens como se nunca tivesse existido para lá de uma linha ou de uma âncora.
Andar sobre a neve é o mesmo que atravessar o leito deste rio é o mesmo que interrogar o universo ou que falar de mim.
Andar sobre folhas secas é provar uma romã e deixá-la sobre um banco na cidade dispersa.
Andar na tua voz é o mesmo que esperar debaixo de uma varanda a chegada do autocarro num dia de chuva ou dormir na copa das árvores embrulhado em panos.
É andar no dorso dos peixes.
Eu quero o cais - só preciso de um pano para me transformar.
Sou um dia inteiro para despir árvores.
O meu nome é uma ponte que se olha depois de atravessada.
Sou um barco intenso cor de laranja e revolvo em torno raízes púrpura.
O meu andar é um mergulho irrepetível no centro da terra e trago na voz os acenos quentes dos patos bravos sobre a casa reencontrada.
O linho, o azeite, o pão, os pés frios.
Conheço o fim que povoa a dúvida das montanhas e das bibliotecas.
Nasci numa rua onde os peixes são verdes e os planetas se encostam ao muro exaurindo vulcões.
Os meus dedos são e só podem ser agulhas que pendem de uma alma distante como um amigo ou um palhaço.
Quando se chegam da cerca como se se escondessem numa fogueira seca ou se abandonassem na estrada, retraem-se dos corpos avulsos que discutem entre si.
Cheiram a lã e mostram uma vela ou uma vida imaginada.
O tempo ri-se em cornucópias que se extinguem já.
Eu só quero essa vela até ao fim.
Que lembra a vida dos insectos e dos meus antepassados.
Eu sou a criação e o fruto.
E sento-me em frente a esta viagem sentindo os aviões ou o chamar das cartas escritas que inunda o esquecimento de desenhos e flores secas.
Canções infantis.

quinta-feira, abril 13

CARREIRA DE INSPIRAÇÕES


A troca de informações e letras é importante por isso, a inspiração vai passando de um para o outro. Tudo começou com a INSÔNIA da Marieta, já temos agora uma CIRANDA DE POETRIX:
CIRANDA DA INSÔNIA
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(1) Insônia

Clara escuridão
na mente
que não sossega

(Mariazinha Cremasco)

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(2) Insônia

Não me pega, sou sapeca
Dormir mais cedo,
É meu brinquedo

(Vera Vilela)

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(3) In (off) Sônia

Pego sim pois corro bem
dou légua de lambuja,
durmo tarde: sou coruja

(William H Stutz )

para Vera Vilela
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(4) Insone


Quando a claridade
Minha noite cruza
Homenageio minha Musa


(
Carvalho de Azevedo)

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(5) Penso

no amanhecer
mas ainda anoitece
aquiete-se!

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(6) Insônia

não durmo até que o sol
aparece e me aquece
insônia... crônica do poeta

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(7) Insônia

Que tolice essa vigília
pois nem sonha,
vela a espera... insana...

(Sylvia Cohin)
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(8) Silêncio

em noites de insônia
lembranças
dormem no peito

(Geraldo Reinicke)

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(9) Sem rumo....

um quê de saudade
me invade...
não durmo!!
(Sol)

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(10) No lugar do sono

acordada
na madrugada,
sonho.

INSÔNIA

13/04/2006 - 00:32hs
Inspirada pelos poetrix da Marieta

CLA RA NOITE

Homenagem à Clarice Villac
Carvalho de Azevedo (Osasco - SP) - 12.04.2006

quarta-feira, abril 12

PÁSCOA



PÁSCOA
Vera Vilela

É Páscoa!
Renascimento!
É vida jorrando de dentro do coração.
É Cristo mostrando a importância
Da verdadeira renovação.
O único a quem se permitiu voltar,
Andar sobre a terra e o mar.
Feito de emoção, de energia pura.
Usou seu tempo para ensinar.
Os céus se contorceram de dor,
Quando ouviram o grito do Senhor.
“Tudo está consumado”.
Disse o filho de Deus, amado.
Nada o deteve, nada o segurou,
Até mesmo de sua tumba,
A grande pedra rolou.
Mas tudo isso é passado,
Pois, nosso Cristo está vivo!
E entre nós passeia,
Brincando com o vento,
Soprando o calor do Sol,
Chovendo gotas pequenas,
Cuidando de tudo e de nós.
Intermediário do celeste caminho.
Nunca nos deixa sozinhos,
É usina de alegria e de amor
A Ele presto louvor!
Te amo Jesus amigo,
Esteja comigo aonde eu for.

CHAVE DA POESIA - NOVO LINK

Amigos
Apresento-lhes o blog de Sylvia Cohin, uma poeta competente e cheia de inspiração, uma amiga e irmã, que deixou a Bahia e foi conquistada pela cidade do Porto, que um dia ainda conhecerei.
A partir de hoje ela está ali do ladinho, brilhando entre tantas estrelas amigas e como sempre bem pertinho do meu coração.
Obrigada

domingo, abril 9

RELATÓRIO DE VIAGEM - CAMPINAS




Relatório de Viagem
Vou resumir:
1- Estive em Campinas com Clara Clarice (como diz o Will Robinson), uma das pessoas mais doce que já conheci. Me senti em casa, comi pra caramba, como cozinha bem a danadinha, e descansei muito.
2- Passeei pra caraca com ela, eita cidade linda.
3- Amei todos os gatinhos dela, um mais fofo, lindo e bem cuidado que o outro, atenção especial para o loiro gordinho - Dourado Miau Miau - que foi meu companheiro de quarto e Ziggy cadela que velou meu sono no tapete do quarto, sem ninguém mandar ou pedir ficava lá espantando os outros que tentassem entrar.
4- Destaque pro Diego e Vlad, pessoas lindas e doces que me trataram super bem, Diegão desculpa aí a Tia Vera que tomou seu quarto e encheu seu saquito com conversas tolas. Vlad, um beijão, gostei mesmo muito de você e do modo como trata minha Clamiga.
5 - Conheci Tico, meu afilhagatinho, arisco no começo mas não resistiu ao meu charme...rs
6- Comprei uma pulseira lindona e um perfume delicioso.
7- Ganhei uma latinha toda florida da Clamiga que já está aqui na minha estantezinha.
8- Voltei ontem e já fui à Barra Bonita. Visitei a avó dos meus filhos, as famílias da noiva do filho e do noivo da filha, não necessáriamente nessa ordem. Em cada casa comi um pouco e fui muito bem recebida.
9- Fui visitar minha amiga Marli. Foi muito legal e acabei conhecendo um Anjo Caído, o Plínio Sgarbi, gente finíssima. Tomamos um cerva, os três, e finalmente aportei em casa já quase de madrugada.
10- Ufa, preciso descansar. Mas valeu muito a pena o passeio.
Beijos pra todos, estou de volta. Vamos aos encantamentos.

INVENTÁRIO

(da amiga Naid Melo)

domingo, abril 2

INSENSATEZ - Final de MEIA LUZ


INSENSATEZ
Vera Vilela
(Final do conto Meia Luz)



- Que amor maluco foi esse nosso, Amália?
- Como viver sem seu corpo colado ao meu?
Rodolfo se levanta, suas mãos estão molhadas de sangue. Senta-se na cama e puxa sua amada para seu colo. Ela está fria. Seu rosto brilha com a luz da Lua – testemunha última de seu amor. Rodolfo beija desesperadamente o rosto de Amália. Ele acaricia sua cabeça e chora desesperadamente. Ouve, ao longe, a sirene da ambulância. Dentro em pouco levarão sua Amália para sempre – longe dele. De repente percebe a presença de sua amada ali no quarto, bem ao seu lado. É capaz de sentir a energia do amor que sempre os uniu. Solta o corpo frio e estende os braços.
- Venha Amália! Leve-me com você!
Rodolfo pega uma adaga sobre a cama. Segura com as duas mãos, encosta no peito. Ouve um apelo:
- Não meu amor! Não faça isso!
Ele se detém por minutos...
Nesse instante dois enfermeiros abrem a porta do quarto e arrancam a adaga de suas mãos. Ele suplica, inutilmente, que a devolvam. Em seguida chega um médico que examina Amália e manda que a levem imediatamente para a ambulância.
Rodolfo os segue e sente algo tocar em seu ombro. Pára e fica de longe observando os acontecimentos. Os enfermeiros levam Amália para dentro do carro, que sai em disparada no meio da noite.
Sentado no meio fio ele apenas vê o movimento de crianças de rua que correm para se abrigar da chuva que começa a cair. Sente os cabelos molharem e a chuva escorrer pelos seus braços, levando embora o cheiro do sangue. Olha ao lado e vê Amália sentada. Fitando-o. Tem um sorriso nos lábios e estende suas mãos.
- Vamos Rodolfo! Vamos dançar!
- Ainda não minha querida. Preciso arrumar um jeito de te seguir.
- Venha Rodolfo! - ela dizia e rodopiava no asfalto molhado. Ele a observa durante muito tempo. Ela cantava e dançava. Ele não conseguia tocá-la. Imaginava que talvez ela de nada soubesse. De repente:
- Rodolfo! Me segure! Estão me puxando! Estou indo embora! Me segure!
Ele tenta inutilmente segurá-la, mas suas mãos transpassam seu corpo, seus braços. Vê Amália desintegrar-se ali em sua frente. E chora novamente.
Chega a polícia que rapidamente o algema e o leva para dentro da viatura.
- Rapaz! Você está preso por tentativa de assassinato.
- Tentativa?
- Você tem sorte. A mulher que você esfaqueou, sobreviveu.
FIM

veja aqui a 1ª parte e 2ª parte